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set 2014Tinta com nanotecnologia promete revolucionar indústria
Com a experiência adquirida no desenvolvimento de nanopigmentos para as indústrias de couro, têxtil e automotiva, entre outras, em 2012 a Water Revolution, empresa 100% nacional, voltou seu olhar para o segmento de flexografia. O que seu corpo técnico constatou é que 100% da impressão de embalagens em filmes plásticos, alumínio e outros substratos funcionava à base de solventes orgânicos.
Isto porque as tintas à base de água não ofereciam a aderência e resistência necessárias. Como resultado, os custos dos fabricantes deste tipo de embalagem sobem devido a fatores como pagamento de insalubridade para os colaboradores, alto valor do seguro contra incêndio e necessidade da laminação para isolar o produto final – principalmente alimentos – da embalagem impressa.
Com este cenário, a diretora de Marketing Kátia Coelho abriu a apresentação da Water Revolution na programação técnica da Flexo Latino America 2014 – 5ª Feira Internacional de Flexografia, Papelão Ondulado e Conversão Digital, que acontece no Transamérica Expo Center até esta sexta-feira, 10 de outubro. Segundo ela, a nanotinta – à base de água -, que está sendo lançada mundialmente durante a feira, elimina estes problemas ambientais e econômicos em razão da alta aderência, resistência e brilho compatíveis com as tintas à base de solventes.
O diretor Técnico Paulo Hashimoto explicou que estas características foram obtidas graças à diminuta escala das partículas dos nanopigmentos (corante) e nanopolímeros (resina) da composição. Enquanto as partículas das tintas convencionais medem em torno de 5 micras (5 milésimos de milímetro), as da nanotinta chegam somente a 300 nanômetros (0,3 milésimos de milímetro). Quanto menor a partícula, maiores a distribuição, interação e contato com a superfície, o que garante a maior adesão.
A partir daí, fabricantes de embalagens podem substituir a impressão com tinta à base de solventes pela nanotinta à base de água em filmes plásticos e alumínios. Mesmo embalagens de papelão ondulado – que aceitam a impressão à base de água – ganham com a nova tecnologia em termos de resistência ao atrito, umidade e temperatura – a nanotinta resiste a 200 ciclos antes de desbotar e suporta temperaturas que vão de menos 30º C a 300º C.
Para fazer a migração do sistema atual para a nanotinta, os convertedores praticamente não precisam de investimento adicional: o custo de adaptação e ajustes dos equipamentos é praticamente zero, e a Water Revolution oferece treinamento aos colaboradores.
Outra vantagem para os fabricantes é a possibilidade de se beneficiarem com a Lei do Bem, de âmbito federal, que abate o Imposto de Renda de empresas que buscam melhorar a eficácia de seus produtos e processos com o uso de novas tecnologias, com vistas a aumentar sua competitividade no mercado interno e externo.