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Tecnologia leva educação para regiões isoladas do País

4

nov 2015

Tecnologia leva educação para regiões isoladas do País

Um sistema de ensino à distância está revolucionando a educação no Amazonas. De um lado, na pequena cidade de Barcelos, no interior do estado, estão cinco alunos; do outro, a quase 500 km de distância, em Manaus, um professor ministra aulas de espanhol.

Isso só é possível graças ao Centro de Mídias de Educação do Amazonas. De acordo com o site da EBC, o projeto leva internet, TV, câmeras, microfones e outros equipamentos a locais isolados do estado, como comunidades ribeirinhas e indígenas onde há poucos alunos e faltam professores ou infraestrutura adequada para aulas regulares.

São atendidos estudantes do 6º ano do ensino fundamental ao 3º do ensino médio regular e também de Educação de Jovens e Adultos (EJA), sempre à noite, por causa da disponibilidade dos espaços, cujo uso muitas vezes é dividido com os municípios.

Os alunos correspondem a 10% da rede de ensino estadual, e recebem aulas de professores especializados, fazem exercícios e tiram as dúvidas por meio de vídeos em tempo real. Como em qualquer outra unidade de ensino, recebem material escolar, uniforme, livros didáticos e merenda.

“O projeto trouxe motivação. Tem muita gente aqui que há muito tempo não estudava. Temos professores que estudaram pelo Centro de Mídia e hoje estão dando aula aqui na comunidade”, diz Ivan Teixeira, um dos professores que acompanham os alunos no local onde estão – ele cuida dos equipamentos para a transmissão e é responsável pela aplicação de provas e exercícios e ajuda os alunos em qualquer dificuldade.

O Centro de Mídias recebeu prêmios nacionais e internacionais. Desde a criação, em 2007, os serviços ofertados se ampliaram e, atualmente, as aulas chegam também à capital e podem ser acessadas por smartphones. Os alunos podem acessar aulas de reforço e até mesmo testar os conhecimentos. Na véspera do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), foi disponibilizado um simulado por Whatsapp.

A estrutura consiste em sete estúdios que transmitem aulas para os 62 municípios do Amazonas, via satélite. “Não é uma educação a distância, em que apenas os professores falam. É um ensino presencial mediado por tecnologia”, explica Rossieli da Silva, secretário de Educação e da Qualidade de Ensino do Estado do Amazonas. Os professores são avaliados anualmente.

De acordo com Silva, o projeto vem ganhando adeptos, e há iniciativas semelhantes no Maranhão, no Piauí e na Bahia. A partir do ano que vem, as transmissões de conteúdo passarão a ser feitas de Manaus para Rondônia, em uma parceria inédita.

 

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