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Slime caseiro pode ser prejudicial à saúde das crianças

6

dez 2018

Slime caseiro pode ser prejudicial à saúde das crianças

A Associação de Defesa do Consumidor – Proteste alerta os pais sobre os riscos oferecidos pelo slime feito em casa – brinquedo gelatinoso que virou febre entre as crianças de todas as idades. Embora possam comprar a “geleca” pronta, elas gostam mesmo é de fabricá-la via tutoriais na Internet, o que pode ser perigoso.

Segundo o órgão, o risco é oferecido pelos ingredientes das variadas receitas, que misturam produtos com substâncias químicas que, juntas, podem ser severamente prejudiciais. A maioria dessas receitas inclui bórax (borato de sódio) e água boricada, além de cola branca, que é usada como base da “geleca”.

O bórax é a matéria-prima de alguns produtos de limpeza, sabão em pó para máquina de lavar, inseticidas, entre outros. Para se ter idéia, a Anvisa avalia esse produto na classe toxicológica II, ou seja, altamente tóxico.

Além disso, o bórax é uma substância alcalina (com pH alto) e tende a danificar a camada de gordura protetora da pele. A substância pode causar lesões parecidas com feridas vermelhas que coçam e ardem, dermatite de contato (reação semelhante a uma queimadura) e descamação. Para complicar ainda mais, o contato frequente com o bórax, principalmente no caso das crianças, pode causar problemas como cólicas estomacais, vômitos, diarréia e irritação nos olhos.

A água boricada, muito usada no tratamento de conjuntivite, é uma solução composta de ácido bórico. Este produto contém o mesmo elemento presente no bórax, porém, oferece menos riscos por ser diluído em água.

Outros ingredientes utilizados no slime caseiro, como o bicarbonato de sódio, espuma de barbear, amaciantes de roupas e detergentes, também podem provocar algum tipo de problema, já que, combinados, causam irritações em peles sensíveis, principalmente em crianças.

Sendo assim, o Proteste conclui que a maioria dos ingredientes usados no slime caseiro é potencialmente nociva. Os pais devem buscar entre as várias opções de “gelecas’” industrializadas disponíveis no mercado, prontas para a brincadeira e com o selo do Inmetro – ou seja, testadas e aprovadas, sem riscos à segurança às crianças.

 

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