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Segmento de alimentos saudáveis deve crescer 3% ao ano até 2022

10

jan 2019

Segmento de alimentos saudáveis deve crescer 3% ao ano até 2022

A crescente busca por alimentos mais naturais, orgânicos, livres de conservantes e outros aditivos químicos tem ganhado espaço em meio a empreendedores dispostos a investir. Cereais, grãos e sementes, como arroz integral, aveia, quinoa e linhaça, ganharam o apetite e a mesa dos brasileiros e, hoje, passam a integrar o cardápio de mais pessoas.

Se antes o consumo de alimentos saudáveis e integrais era feito exclusivamente por um público com maior poder aquisitivo, hoje é possível enxergar uma disseminação maior desses produtos, e a alta da demanda tem incentivado o surgimento de lojas naturais espalhadas por diversos bairros das cidades.

De acordo com dados de uma pesquisa realizada pela Euromonitor International, o segmento de produtos saudáveis movimentou, apenas em 2017, R$ 92,5 bilhões no Brasil. Isso significa um aumento considerável de 9,5% em comparação a 2012. Atualmente, o País se encontra em quarto lugar no ranking global, levando em consideração o faturamento de vendas do setor no ano passado.

O que se espera é que o faturamento continue crescendo e apresente um crescimento geral de 3% até o ano de 2022. A pesquisa considerou como sendo um produto saudável todo o alimento ou bebida com ingredientes livres de glúten, lactose e com ingredientes não saudáveis reduzidos (ou suprimidos), além daqueles que possuem características saudáveis adicionadas e certificação orgânica.

É possível associar o aumento da demanda por produtos saudáveis à melhora no poder aquisitivo do brasileiro, mas também a uma preocupação cada vez mais crescente em consumir alimentos benéficos, com menos sódio e outras substâncias químicas.

O relatório Tendências Mundiais de Alimentação e Bebidas 2017 é outra pesquisa que veio para confirmar o otimismo crescente entre empreendedores que já investem no mercado de produtos saudáveis. Elaborada pela agência de pesquisas Mintel, aponta que quatro a cada cinco brasileiros estão inclinados a ter um maior gasto ao se alimentar, contanto que estejam consumindo algo com um maior valor nutricional.

A pesquisa ainda revela que, entre seus entrevistados, 79% já buscam substituir produtos industrializados convencionais por opções mais saudáveis. Além disso, 44% preferem produtos sem corantes artificiais e 24% comeriam grãos integrais, como aveia, quinoa e linhaça se soubessem como prepará-los no dia a dia.

De acordo com pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha para a Assert (Associação das Empresas e Refeição e Alimentação Convênio para o Trabalhador), os empreendedores do segmento alimentício – donos de lanchonetes, padarias, bares e restaurantes – também notaram uma diferença nas exigências de seus consumidores.

Dos 4.560 empreendedores entrevistados, 53% perceberam um aumento nos pedidos por frutas, 61% afirmaram que seus clientes estão consumindo mais legumes e verduras, e 65% garantiram que houve aumento do consumo de sucos naturais.

 

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