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Produtos com design diferenciado têm atraído consumidor alemão

27

jan 2016

Produtos com design diferenciado têm atraído consumidor alemão

Produtos com design diferenciado têm atraído consumidor alemão
País importou 23% de pares brasileiros a mais em 2014, em comparação com o ano anterior.

A Alemanha, principal economia da Europa e uma das nações que integram o G7 – grupo internacional que reúne os sete países mais industrializados e desenvolvidos economicamente do mundo – é um dos alvos do calçado brasileiro. Com 81 milhões de habitantes e uma renda per capita de mais de US$ 47 mil, o país europeu tem um consumo de 5,5 pares de calçados por pessoa ao ano. É um mercado potencial praticamente dominado pelas importações asiáticas. Dos 635,9 milhões de pares importados no ano passado, 321,8 milhões eram chineses. Apenas 1,2 milhão foram pares brasileiros.
Contudo, em 2014 os germânicos importaram 23% mais do Brasil do que em 2013. Em dólares, o aumento foi menor. Naquele ano, os alemães pagaram US$ 17,2 milhões pelos calçados verde-amarelos, 1,2% mais do que em 2013. O país europeu foi o 16º destino do calçado brasileiro.
A mudança na cultura de consumo de calçados dos alemães tem favorecido as exportações brasileiras de calçados para lá. Há três anos, o alemão era mais conservador, interessado apenas em modelos de sapatos mais tradicionais, com o preto e o marrom como as cores principais. “É um público que viaja muito e, por conta disso, está ousando mais, à procura de um calçado com sensualidade, o que de certa forma abre portas para o produto brasileiro, especialmente, os modelos com saltos”, explica a gestora de Projetos da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), Roberta Ramos.
No biênio 2015-2016, a Alemanha voltou a fazer parte dos mercados-alvo do Projeto Brazilian Footwear – Programa de Promoção às Exportações de Calçados -, iniciativa da Abicalçados em parceria com Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). “No biênio 2013-2014, os mercados-alvo na Europa eram França e Itália. A França se manteve, no entanto, eles trabalham muito com private label, o que não favorece a promoção de marca própria, e a Itália teve uma queda drástica. Com isso, a Alemanha, que é um mercado estável na Europa, se apresenta como um país importante para o calçado brasileiro”, avalia a gestora de Projetos da Abicalçados.
Quem seguiu investindo no mercado alemão, mesmo em época de baixa nas exportações, poderá ter mais êxito nas vendas neste momento, em que a alta do dólar tornou o preço do calçado brasileiro competitivo. Uma importante oportunidade para o produto Made in Brazil em solo germânico. “Conseguirão resultados melhores as empresas que não deixaram o mercado desassistido, que seguiram acreditando e, apesar das negociações serem realizadas em euro, os preços são formados em dólar, o que contribuiu ainda mais para a competitividade do produto brasileiro no mercado internacional”, sustenta Roberta.

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