25
mar 2019Por que 2019 pode ser o ano dos robôs nas entregas do varejo
À medida que a visão de um robô ou drone para entregar mercadorias se torna mais familiar, a autonomia passa a ser uma alternativa viável às opções habituais de delivery. Este será um ano decisivo para a entrega autônoma. A previsão é de Lex Bayer, CEO da Starship Technologies, uma das líderes mundiais em robôs de entrega.
À medida que a visão de um robô ou drone para entregar mercadorias está se tornando mais familiar, a autonomia passa a ser uma alternativa viável às nossas opções habituais de delivery, mas sem grande difusão – ainda.
No Reino Unido, existem alguns bots da Starship em circulação na cidade de Milton Keynes, entregando suprimentos para a Tesco e a Co-op. Nos Estados Unidos, a empresa anunciou recentemente uma parceria com a Universidade George Mason que permitirá que alimentos sejam entregues por robôs em qualquer lugar do campus.
Para Bayer, os robôs estão começando a atender a essas necessidades. Como os nossos hábitos de compras se desenvolveram para favorecer os pedidos online, os varejistas têm se deparado com números crescentes de entrega e prazos cada vez menores, dentro dos quais eles precisam garantir que a encomenda chegue.
A McKinsey estima que o número de pacotes que precisam ser entregues a cada ano pode subir para mais de 25 bilhões nos EUA na próxima década. Esse aumento de demanda coloca uma pressão significativa sobre os varejistas, que tentam encontrar métodos de entrega que não consumam seus lucros.
É aí que a automatização poderia “entrar”. “Os robôs da Starship conseguem reduzir drasticamente os custos de ponta a ponta envolvidos em entregas curtas”, explica Bayer. Além disso, à medida que os consumidores se tornam mais conscientes quanto ao meio ambiente, eles querem que as lojas ofereçam opções de entrega que não afetem sua pegada de carbono.
Os robôs movidos a eletricidade são uma alternativa atraente, pois retiram vans e caminhões da estrada, reduzindo os congestionamentos e os níveis de gases nocivos no ar.
Mas, ainda existem alguns grandes obstáculos para tornar a entrega robotizada a opção ideal. Dimensionar a operação dentro de uma cidade parece ser o maior desafio. “Não vejo isso acontecendo em Londres”, diz o diretor da agência de inovação, Simon Liss.
“O Reino Unido tem um sistema rodoviário caótico e ter um exército de robôs de pequena capacidade circulando pelas nossas ruas causará todo tipo de problemas, tanto práticos quanto legais.”
Uma vez que as empresas de robôs de entrega descobrirem a maneira de tornar sua tecnologia escalável para cidades e áreas urbanas densamente povoadas, sua popularidade aumentará e os varejistas começarão a levar sua viabilidade a sério.