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Perguntar não ofende

6

out 2020

Perguntar não ofende

Se o teto constitucional do setor público hoje é de 39,3 mil reais por mês, por que tem gente no judiciário ganhando de 50 mil a 100 mil reais mensais?

No mês passado o governo mandou ao Congresso proposta de emenda à Constituição para reduzir gastos com pessoal do serviço público. Acontece que o texto atinge servidores dos três poderes, mas não leva em conta o alto escalão do Legislativo, Executivo e Judiciário – ou seja, os promotores e procuradores do Ministério Público, os parlamentares e os magistrados.

Cortar gastos com benefícios e penduricalhos da remuneração do funcionalismo público, aliás, vem sendo tentado desde 2016, onde a proposta de limite aos benefícios está parada na Câmara dos Deputados, mesmo aprovada pelo Senado.

Por que será?

Simples: os juízes dessas bandas, por exemplo, têm 36% de seus ganhos compostos por extras de diferentes motivações. Segundo o jornal Folha de S.Paulo, de setembro de 2017 a agosto deste ano, dos R$ 35,2 bilhões desembolsados pelas cortes, R$ 12,6 bilhões foram destinados a cobrir direitos eventuais dos magistrados.

Entenda-se por direitos eventuais auxílios alimentação, saúde, natalidade, gratificações, etc.

Aí está um caminho para a verba necessária ao programa Renda Cidadã.

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