A inclusão de apartamentos térreos na criação de projetos imobiliários é um grande ponto de discussão. Se por um lado o metro quadrado tem valor 20% mais baixo, lixo jogado pelos vizinhos, alto custo de manutenção, falta de vista e privacidade, aproveitar o espaço é algo que chama muito a atenção das construtoras. O paisagismo, quando bem trabalhado e aproveitado, pode atenuar pelo menos um dos ônus.
No edifício Mirá, em São Paulo, o ponto térreo possui área privativa coberta de 309 m² e mais 108 m² de área descoberta – fora janelas com tratamento acústico, incluídas no projeto para evitar o barulho vindo das ruas.
O espaço, que inclui área com churrasqueira, chuveiro e jardim custa R$ 5,8 milhões, cerca de R$ 13,9 mil por metro quadrado, enquanto um apartamento de 210 m² no quinto andar sai por R$ 3,8 milhões, R$ 18 mil por metro quadrado. Desta forma, com capricho, tanto o morador ganha algo mais diferenciado, como as construtoras saem no lucro.