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dez 2017Intenção de consumo atinge o maior patamar desde maio de 2015
Em novembro, o índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) registrou 82,6 pontos, o maior patamar desde maio de 2015. Em relação a outubro, o crescimento foi de 2,8% e, no contraponto anual, de 11,7%. O ICF é apurado mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomércio/SP) e varia de zero a 200 pontos, sendo que abaixo de 100 pontos significa insatisfação e acima de 100, satisfação em relação às condições de consumo.
Foram analisados sete itens pelo ICF, seis apresentaram crescimento em relação a outubro. O destaque positivo foi o item Perspectiva de consumo, que passou de 81,5 para 86,6 pontos, alta mensal de 6,3% e elevação de 25,8% em relação a novembro do ano passado. Apesar de ainda estar na área de insatisfação, esse é o maior patamar, para o item, desde março de 2015 – em um ano, aumentou de 20% para 28%. Os entrevistados que disseram que o consumo de suas famílias e da população em geral tende a aumentar em relação ao ano passado.
O item Nível de consumo atual passou dos 52,2 pontos para 53,1 pontos em novembro, alta de 1,8% no comparativo mensal. Na base de comparação, anual houve acréscimo de 25,8%. Apesar de ter a pior avaliação do ICF no mês, a proporção de entrevistados que dizem estar consumindo menos do que há um ano caiu de 65%, em 2016, para 58%.
Outro destaque foi Perspectiva profissional, que subiu 4,4% e volta a ser o item mais bem avaliado do ICF, com 106,1 pontos. No entanto, na comparação anual, foi o único que sofreu queda, de 1,8%. De qualquer forma, a maioria dos paulistanos acredita que pode haver uma melhoria profissional para o responsável do domicílio nos próximos seis meses.
O item Emprego atual teve leve queda mensal (-0,6%), mas subiu 3,9% no contraponto anual chegando aos 102,5 pontos.
O item Renda atual atingiu, em novembro, 92,5 pontos, com elevações mensal de 3% e anual de 12,3%. Segundo assessoria da Fecomércio/SP, o baixo nível da inflação, o resgate dos recursos do PIS/Pasep e mais expectativa de recebimento do décimo terceiro salário, proporcionaram um aumento no item.
O segmento que mostra o Acesso ao crédito registrou em novembro alta de 2,3% e atingiu os exatos 80 pontos. São 27% dos entrevistados que disseram estar mais fácil contrair financiamento para compras a prazo, sendo que há um ano estava em 21%. De acordo com a Federação, a queda da taxa de juros contribuiu para o barateamento do crédito ao consumidor. Como as condições econômicas das famílias estão melhorando, o sistema financeiro volta gradualmente a expandir a oferta de crédito de forma a reduzir a seletividade.
Por fim, o item Momento para duráveis cresceu 2,6% em relação a outubro e 17,4% na comparação anual, o índice bateu nos 57 pontos. O nível ainda é muito baixo, mas passou de 74% para 68% os entrevistados que disseram ser um mau momento para compra de bens duráveis.
Na análise por faixa de renda, houve crescimento para ambos os grupos. O índice para as famílias com renda abaixo de dez salários mínimos cresceu 2,3%, na comparação mensal, e 9,3%, na anual, chegando aos 80,3 pontos. O índice de Intenção de consumo das famílias com renda superior a essa faixa, porém, passou de 85,5 pontos em outubro para 89,2 pontos nesta última tomada, alta mensal de 4,3% e anual de 18,7%.
Para a Fecomércio/SP, o ICF parece estar consolidando um novo ciclo de alta para encontrar um novo patamar mais elevado. O que vinha contribuindo ao longo do ano eram os dados de inflação e juros, basicamente. Como os números do mercado de trabalho vêm melhorando e alastrando por cada vez mais setores, propicia além do aumento da renda, mais segurança para o consumo. Além disso, com a entrada dos recursos do décimo terceiro salário e demais fatores mencionados, vai dar um estimulo a mais ao consumo, para concretizar a expectativa da Fecomércio/SP para o crescimento das vendas no varejo paulistano, no mês de dezembro, de 6% superiores às de 2016.