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set 2020Infiel da balança
A briga na Justiça entre Flamengo e empresa prestadora de serviços elétricos deixou à mostra a informação de que o clube foi avisado – mas não se omitiu -, 9 meses antes do incêndio que vitimou 10 adolescentes no Ninho do Urubu, de que havia riscos à segurança por falta de conservação nas instalações elétricas do alojamento da base.
De acordo com relatório da Anexa Energia Serviços de Eletricidade, contratada pelo Flamengo após o incêndio, a primeira empresa não executou os serviços prometidos e deixou o quadro elétrico com várias “gambiarras”.
À parte o bate-boca judicial, a pergunta que não quer calar é se a falta de cuidado com a segurança e as instalações também afetariam as acomodações que servem os atletas profissionais.
É de se apostar que não.
O gasto com a folha salarial do clube com os profissionais, a maior do futebol brasileiro, diga-se, vai a R$ 25 milhões mensais. Jogadores reservas chegam a ganhar entre R$ 600 mil e R$ 1 milhão por mês. Na defesa titular, o maior salário atinge R$ 1 milhão; o meio campo custa entre R$ 650 e R$ 1 milhão, e o ataque, bate bola entre R$ 1 milhão e R$ 1,6 milhão.