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Guitarras nervosas e nova geração abrem o SAMSUNG GALAXY BEST OF BLUES

9

maio 2014

Guitarras nervosas e nova geração abrem o SAMSUNG GALAXY BEST OF BLUES

Quem já viu um concerto do guitarrista americano Buddy Guy sabe que dele brota uma usina de sonoridades variadas, cores em profusão e elementos sonoros que partem da raiz primal do Blues para viajar pelo Jazz, R&B até desembocar no mais versátil Rock & Roll.

Poucos são os guitarristas de qualquer gênero que têm o respeito de seus pares como Guy, como dos gigantes Eric Clapton, Jimi Hendrix, Jeff Beck, Keith Richards e Stevie Ray Vaughan. Suas transições inesperadas de andamentos e de temas o tornaram um dos mais imprevisíveis e contundentes músicos contemporâneos.

Dono de extensa discografia desde 1965, com “Hoodoo Man Blues”, gravou cerca de 30 álbuns solo e já a partir de “I Left My Blues in San Francisco”, de 1967, construiu sua conexão com o público de Rock. Isso significa dizer que, com um número crescente de fãs de Rock descobrindo o Blues, Guy encontrou um público novo, somando os entusiastas de Blues tradicionais às plateias brancas mais jovens.

Ganhador de 6 Grammy Awards; 23 W.C Handy Blues Award (mais do que qualquer outro artista já recebeu); o Century Award, da revista Billboard pela realização artística e o Presidential National Medal of Arts, é um dos mais premiados artistas de Blues. E mais: a revista Rolling Stone americana o colocou entre os 30 nos “100 Melhores Guitarristas de Todos os Tempos”.

Aos 77 anos é um dos precursores do Hall da Fama do Rock and Roll, e foi a maior influência para astros como Jimi Hendrix, Eric Clapton e Steve Ray Vaughan. Em 2012 realizou um concerto especial na Casa Branca, quando convenceu o presidente Barack Obama a se juntar a um backing vocal em “Sweet Home Chicago”.

Guy continuou seu renascimento com o livro de memórias lançado em 2012, “When I Left Home: My Story”, e no verão 2013 com o ambicioso álbum duplo “Rhythm & Blues”.  Buddy Guy continua a ser um fio condutor da música pura, viva. Sua voz soa mais jovem do que Steven Tyler e sua guitarra continua a ser um monstro que devora tudo ao seu redor. Essa potência contínua é motivo suficiente para acreditar que é preciso ver um concerto dele antes de morrer.

Ana Popovic
As grandes mulheres do Blues quase sempre são intérpretes como Aretha Franklin, Etta James, Koko Taylor e Janis Joplin. Ana Popovic, nascida em Belgrado, Sérvia, em1976, diferencia-se por tocar guitarra de forma visceral e feroz, cantar com vigor e carisma, amparada por influências primais como Jimi Hendrix e Albert King.

Mudou-se para a Holanda em 1999, mesmo ano em que lançou seu álbum de estreia, “Hush”, e estudou guitarra, Jazz e música Pop no Conservatório de Música de Amsterdã. Em 2003 saiu “Comfort to the Soul”, um pacote diversificado de Blues, Rock, Soul e Jazz, também gravado em Memphis para a Ruf Records, e que teve as participações de Jim Gaines e David Z. – que trabalharam com outros blues-rockers, incluindo Stevie Ray Vaughan, Santana, e Jonny Lang-, na gravação e na mixagem.  Por ele, foi indicada em 2003 ao WC Handy Award Blues como Melhor Artista Nova, também sendo a primeira artista europeia a se apresentar no Handy Awards. Dois anos depois, Popovic lançou seu primeiro trabalho ao vivo, “Ana! Live in Amsterdam”.

A partir daí sua carreira decolou. Vieram os álbuns “Still Making History”, de 2005, e “Blind for Love”, de 2007, com os quais continuou consolidando seu nome na cena americana com um Blues moderno, que reside na sua capacidade de usar o gênero como base para incluir outras influências. Após a aparição no Sundance Film Festival, em Utah, realizou 152 concertos, dividindo o palco com artistas famosos, entre eles Buddy Guy.

Durante a remixagem do álbum “Still Making History”, em Los Angeles, Ana tornou-se mãe de um menino, Luuk, em maio de 2008.  No ano seguinte participou do documentário “Turn It Up Aka Tone”, de Robert Radler, sobre os melhores guitarristas do mundo, e dividiu o palco com BB King, o que pode ser considerada a confirmação definitiva de Ana como uma grande blueswoman.

Já com sua trajetória bem traçada, a Sérvia voltou às raízes do Blues no álbum de estúdio, “Unconditional”, de 2011, quando ganhou pela primeira vez o Grammy. Após uma pausa para o segundo filho, a menina Lenna, outro disco, “Can You Stand the Heat”, em 2013. Também participou do prestigiado New Orleans Jazz Fest onde mostrou seu novo projeto, com peças de Blues enérgicos e Funk. Em 2014 Ana foi nomeada na categoria Artista Feminina de Blues Contemporâneo, sua quinta indicação ao Blues Music Award. Também foi convidada para a “Experience Hendrix”, uma série de concertos celebrando a música e legado de Jimi Hendrix, com um line-up que inclui Buddy Guy, Zakk Wylde, Jonny Lang, Kenny Wayne Shepherd e Bootsy Collins.

Jonny Lang
Em um Festival repleto de guitarristas consagrados abre-se espaço para Jonny Lang, um dos músicos mais surpreendentes da nova geração do Blues. Herdeiro de nomes como Steve Ray Vaughan e Scott Henderson, expoentes do Blues Rock, o guitarrista e cantor nasceu em Fargo, Dakota do Norte, em 19 de janeiro de 1981.

Precoce, com 12 anos participou de um show do Bad Medicine Blues Band e começou a tocar com o grupo. Meses mais tarde se tornou o líder alterando o nome da formação para Kid Jonny Lang & the Big Bang.

Mudou-se de Fargo para Minneapolis e lançou seu álbum de estreia, “Smokin”, em 1995. O disco se tornou um sucesso regional, levando a uma guerra de lances entre gravadoras que culminou com a assinatura com a A&M Records, em 1996. No início de 1997, com sua estreia em uma grande gravadora, em “Lie to Me”, ele mostrou ser um guitarrista de Blues bem dotado tecnicamente, capaz de cuspir licks e riffs em um ritmo espantosamente rápido.

O próximo álbum, “Wander This World”, lançado em 1998, recebeu uma indicação ao Grammy, o que deixou evidente o amadurecimento de Lang. Esse esforço foi o trampolim para adquirir identidade própria. Inspirando-se em conflitos humanos, injustiças que presenciou, relacionamentos e histórias de pura ficção, continuou solidificando sua carreira.

Com o trabalho lançado em 2006, “Turn Around”, Lang estabilizou sua carreira. O disco agrega pitadas de Funk, Gospel contemporâneo e Rock puro. Diante de uma plateia entusiasmada, Lang se transforma em um gerador de energia criativa fazendo sua guitarra elétrica gritar. E por isso seu álbum ao vivo de 2010, “Live At The Ryman”, é um dos pontos altos de sua trajetória.

Após um hiato de sete anos, Lang despejou no mercado seu sexto álbum de estúdio, “Fight for My Soul”, lançado em setembro de 2013 e considerado seu melhor trabalho. Depois de descobrir a religião, e tentar fundir suas crenças com Hard Rock em uma série de lançamentos de transição, o guitarrista mergulhou de cabeça no Soul clássico e no R&B, com guitarras elásticas, grooves  funkeados permitindo a abundância para solos, mas sem a intenção de mostrar virtuosismo instrumental.

Ingressos
Ingressos à venda pelo site www.livepass.com.br. E também no Lobby do Sheraton São Paulo WTC Hotel, com acesso também pelo Shopping D&D, avenida Nações Unidas, 12.559. De segunda a domingo, das 10h às 22h, feriados, das 10h às 20h.

O line-up completo e mais informações sobre o festival você encontra em www.bestofblues.com.br

SERVIÇO
Samsung Galaxy Best of Blues
DIA 09 | Abertura da casa: 19h Início do Festival: 20h
Line-Up : Ana  Popovic, Jonny Lang e Buddy Guy
DIA 10 | Abertura da casa: 19h Início do Festival: 20h
Line-Up : Céu, Joss Stone e Jeff Beck
DIA 11 | Abertura da casa: 18h30 Início do Festival: 19h30
Line-Up: Trombone Shorty & Orleans Avenue, Marcelo D2 e Aloe Blacc
Local: WTC GOLDEN HALL – Avenida das Nações Unidas, 12.551 – Brooklin – São Paulo
Classificação etária: 16 anos

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