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Genética pode determinar preferência por doces

27

abr 2019

Genética pode determinar preferência por doces

Um estudo sobre a relação entre a genética e a preferência por sabores apontou que 24% das mulheres gostam mais de doces do que de salgados, enquanto que, entre os homens, esse índice é de apenas 2,6%.

Conduzido por Nannete Steinle, professora associada de medicina da Universidade de Maryland (EUA) e chefe do setor de diabetes do Maryland Veterans Affairs Medical Center, o levantamento mostra que é possível que haja um componente genético para as preferências por amargo, doce e salgado.

A pesquisa identificou alguns genes que podem influenciar preferências por alimentos doces e umami, e outros associados a receptores de sabores amargos. “Também existem proteínas que regular a absorção de sal e água no organismo e estão associadas à preferência por sal”, diz Steinle.

Muitos pesquisadores acreditam que, além dos receptores, muitos outros fatores afetados pela genética podem influenciar os desejos por determinadas comidas: índice de massa corporal, metabolismo, o centro de recompensas do cérebro e os hormônios envolvidos nas sensações de fome e saciedade.

Empresa que comercializa testes de DNA para consumidores, a 23andMe também identificou, em estudo adicional, 43 marcadores genéticos cujas variantes podem indicar preferências por comidas doces ou salgadas.

“O fator genético que seria associado à preferência por doces está ligado aos genes associados com metabolismo e índice de massa corporal”, diz Janie Shelton, cientista-sênior da área de coleta de dados da companhia.

As pesquisas da 23andMe também revelaram que pessoas com certos genótipos têm maior propensão a preferir comidas salgadas ou doces.

Pessoas com uma certa variante do gene FGF21, associado à regulação de alimentos, tinham 20% mais probabilidade de preferir alimentos doces, segundo um estudo separado da Universidade de Copenhague publicado na revista Cell Metabolism.

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