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out 2017Exportações de calçados apontam para consolidação da recuperação
Dados elaborados pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) apontam para uma consolidação da recuperação nas exportações de calçados. Conforme levantamento da entidade, o mês de setembro registrou o mais alto volume embarcado para o exterior no ano corrente, alcançando 11,45 milhões de pares, 20,6% mais do que em agosto e 10% mais do que no mês correspondente do ano passado.
O valor gerado com as exportações de setembro foi de US$ 97,12 milhões, 6,3% mais do que em agosto e 14,7% mais do que no mesmo mês de 2016. Com os números, no acumulado do ano os calçadistas já embarcaram 88,37 milhões de pares que geraram US$ 796,6 milhões, altas de 1,7% em volume e de 13,4% em dólares no comparativo com igual ínterim do ano passado.
Segundo o presidente-executivo da Abicalçados, Heitor Klein, os números são reflexos dos bons resultados gerados nas feiras internacionais do início do semestre. “Certamente, os resultados seriam ainda mais expressivos se tivéssemos um preço médio competitivo, pois com a valorização do real o nosso produto encareceu 12% no exterior”, ressalta.
O executivo acrescenta que, seguindo a dinâmica anual das exportações, o segmento deve fechar 2017 com um leve crescimento nos embarques, “algo na casa de 4% a 5%” em valores gerados. No ano passado os embarques geraram US$ 998 milhões. “Porém, não dá para se apontar uma recuperação definitiva, já que o número está muito abaixo do praticado em anos passados, caso de 2007/2008, quando os embarques geraram quase US$ 2 bilhões. Tivemos uma perda de competitividade significativa nos últimos dez anos, acentuada a partir da crise de 2009, as oscilações no câmbio e a nossa própria incapacidade estrutural que onera o setor produtivo brasileiro”, avalia Klein.
A Argentina ultrapassou os Estados Unidos como principal destino do calçado verde-amarelo em setembro. O país importou 1,6 milhão de pares por US$ 19,4 milhões, altas de 24% e 22%, respectivamente, em relação ao mês nove de 2016. No acumulado, os hermanos, que ainda seguem como segundo destino do calçado brasileiro no exterior no acumulado do ano, importaram 8,3 milhões de pares que geraram US$ 113 milhões, incrementos de 13,8% e 35,6%, respectivamente, no comparativo com igual período do ano passado