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maio 2020Especialistas garantem: educação financeira começa na escola
Em mundo repleto de tecnologias e aplicativos onde tudo parte do imediatismo do consumismo, a tarefa dos pais e das escolas na educação financeira das crianças tem se tornado um constante campo de batalha.
De acordo com um estudo coordenado pela Associação de Educação Financeira do Brasil (AEF-Brasil), as iniciativas para educação financeira aumentaram 72% em cinco anos, com 1.300 projetos e metade deles feitos em instituições de ensino.
A verdade é que, para construir uma sociedade mais equilibrada financeiramente, é preciso olhar para os pequenos e analisar a forma como eles lidam com os seus próprios gastos. E o primeiro dinheiro na vida de uma criança é o usado na cantina escolar.
“Esse é o primeiro momento que pais e escolas têm a oportunidade de conversar com os filhos e alunos sobre o valor do dinheiro, conceitos sobre como consumir e o de fazer o dinheiro durar um determinado tempo”, afirma Henrique Mendes, CEO da Nutrebem, fintech de conta digital para cantinas escolares com acompanhamento nutricional.
E que melhor momento para começar a aprender, se não com a grande variedade de produtos do cardápio da cantina escolar? Uma criança de 6 anos com R$ 30 se acha “rica” e dá logo aquela vontade de pagar lanches para os amigos. É uma oportunidade excelente para ensinar através da prática e da experiência que ela está tendo na cantina escolar.
“O objetivo é que a criança entenda que está se tornando independente, como parte do seu crescimento, e isso traz mais responsabilidade. Ao mesmo tempo que se pode usar como exemplo a cantina escolar para a educação financeira, temos um outro ponto importante que é a alimentação. Ela passa a ver o dinheiro e o valor daquilo que está comprando com ele, onde ela vai ganhar e onde pode perder”, finaliza Mendes.