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Calçadistas apontam recuperação nas exportações de junho

12

jul 2016

Calçadistas apontam recuperação nas exportações de junho

O dólar valorizado sobre o real, embora ainda volátil, e a qualidade do sapato brasileiro são a mistura perfeita para o incremento das exportações. Apesar disso, foi só no último mês do primeiro semestre que a projeção foi refletida mais fortemente nos números.
Conforme dados elaborados pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), em junho foram embarcados 9,3 milhões de pares por US$ 84 milhões, alta de 12,5% em volume e 7% em dólares na relação com o mesmo mês do ano passado. No comparativo com o mês de maio, a alta é ainda mais significativa, de 11% em volume e 17% em faturamento. Com o resultado, os calçadistas fecham o primeiro semestre do ano com 58 milhões de pares embarcados por US$ 451,47 milhões, números 3,3% superiores em volume e 2,7% inferiores em receita no comparativo com igual período do ano passado.
Para o presidente-executivo da Abicalçados, Heitor Klein, é cedo para falar em retomada dos embarques, especialmente levando em consideração a volatilidade cambial e o momento econômico e político conturbado pelo qual passa o Brasil.
“O câmbio volátil não traz segurança para os negócios. Por vezes, é melhor um câmbio mais baixo do que flutuando diariamente da forma que está”, comenta o executivo. Segundo ele, o quadro de incertezas torna impossível qualquer prognóstico até o final do ano. “No início do ano, com o dólar valorizado e chegando a casa de R$ 4, tínhamos uma expectativa muito mais positiva, mas que foi arrefecendo ao longo do semestre”, acrescenta Klein.
Por outro lado, o executivo destaca os esforços dos calçadistas no exterior. “O nosso produto está presente em mais de 150 países de todo o planeta. Temos convicção de que, superados os problemas brasileiros de competitividade e com um câmbio mais estável, conseguiremos alavancar as exportações e, quem sabe, chegar ao patamar de quase US$ 2 bilhões anuais em exportações que tivemos outrora”, avalia.

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