Notícias

Atire a primeira pedra

7

out 2020

Atire a primeira pedra

Candidatos à Prefeitura de São Paulo estão usando como munição, entre outros temas, a polêmica do muro de vidro da Universidade de São Paulo. Projeto da Administração João Doria, hoje governador do Estado, a obra foi orçada em R$ 15 milhões de reais e foi paga pela iniciativa privada.

Como se sabe, desde a implantação da boa intenção de tornar a passagem pela marginal do Pinheiros mais agradável, as placas de vidro não param intactas pela ação de vândalos.

O muro atualmente virou problema para a Prefeitura e para a USP, que trocam responsabilidades, além de chumbo grosso para os candidatos da oposição.

O que faltou, de fato, foi pensar a cidade exatamente onde ela está inserida, no Brasil, e não em município europeu, onde se preserva o patrimônio cultural e histórico recuperado com suor e investimento após Segunda Guerra Mundial.

Por aqui, parece normal falar alto ao telefone no transporte público ou mesmo nas ruas. Jogar lixo do carro, no Metrô ou após a sessão de cinema. Depredar monumentos, pichar patrimônio alheio, pôr os pés em poltronas de aeroporto e em avião, ou mesmo deixar o pet fazer cocô nas calçadas sem recolher a porcaria.

A revitalização da raia da USP, por meio do muro de vidro, portanto, ao lado de um rio Pinheiros poluído por dejetos, lixo e resíduos industriais, não poderia mesmo dar certo.

Há que se pensar nas benfeitorias da cidade de forma criativa, barata e resistente à nossa índole!

 

Comentários