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Marcadores permanentes conquistam amadores e artistas plásticos

25

set 2018

Marcadores permanentes conquistam amadores e artistas plásticos

Desenhar diretamente em paredes está intimamente relacionado ao grafite, manifestação artística feita em espaços públicos que se popularizou nos anos 70, nos Estados Unidos, junto com a cultura do hip-hop. No Brasil da atualidade, essa arte urbana tem entre seus nomes mais celebrados Os Gêmeos e Eduardo Kobra. Mas o que isso tem a ver com papelaria? A resposta é: tudo.
A expressão artística que invade espaços não previstos originalmente caiu no gosto de decoradores e foi facilmente aceita como item de ornamento de espaços internos como casas, restaurantes e escritórios. Se nas ruas o material usado pelos artistas são as tintas em spray e látex, nas áreas fechadas há a necessidade de adaptar os materiais.
Entre todas as possibilidades que atendem aos aspectos de toxidade, precisão e limpeza no uso, os marcadores permanentes despontam como preferidos. Ainda mais com a indústria do setor investindo cada vez mais na diversificação das cores.
“Como nosso trabalho é todo feito com linhas, precisamos ter um traço fino. Com o pincel, demoraríamos muito mais tempo, e o acabamento não ficaria tão preciso. O marcador é super prático, não faz sujeira na casa dos clientes e resiste muito bem”, explica a dupla de artistas plásticas formada por Juliana Nersessian e Carolina Barbosa, que criou a empresa Lanó para difundir a sua arte.
A precisão e a agilidade figuram como os grandes benefícios dos marcadores. “O maior benefício de se trabalhar com marcadores é a facilidade de traçar firme, coisa que com o pincel requer mais cuidado”, justifica a artista Carolina Murayana – opinião compartilhada pela designer Hayla Tinoco. “O manuseio é mais confortável e a precisão, muito maior. Dá para enriquecer nos detalhes. Transportá-los também é muito mais prático, sem muito volume”.
A maior dificuldade que a designer Hayla Tinoco enfrenta é a qualidade das pontas: “Se as pontas forem usadas em uma superfície muito áspera, desgasta muito rápido. Acaba a caneta mesmo com tinta dentro. Para a ponta render um pouco mais, acabo fazendo uma ‘gambiarra’
Hayla faz sugestões para os fabricantes, como oferecer pontas avulsas para tornar possível o uso da caneta até a “a última gota de tinta”. A artista também comemora os modelos que permitem recarga. “É mais sustentável”, defende.
As artistas da Lanó também mencionam a durabilidade das pontas dos marcadores como aspecto a ser melhorado. “Não duram muito tempo, o que acaba fazendo com que a gente tenha que comprar marcadores novos mesmo que os nossos ainda tenham tinta. Não é tão fácil achá-los em qualquer papelaria”.

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