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Perdão, Rei

26

out 2020

Perdão, Rei

Os 80 anos de Pelé, o Edson Arantes do Nascimento, completados sexta-feira, merecem reflexão e, quem sabe, um pedido de perdão da maioria de nós.

Primeiro por muitos insistirem em compará-lo  a Maradona, o da mão santa e comportamento controverso; ou a Messi, ainda em atividade e marca avaliada em 300 milhões de dólares a mais que a do Rei, que parou após 21 anos de serviços prestados ao esporte e ao País.

Tricampeão mundial, autor de 1281 gols, marca ainda não atingida por nenhum atleta, Pelé pagou preço elevado por namorar a loira Xuxa, reconhecer tardiamente a filha Sandra, já falecida, e declarar que o povo não sabia votar em 1970, entre outros posicionamentos de sua brilhante trajetória.

Decorridos meio século da afirmação, há que se reconhecer que, definitivamente, o modesto Rei, se comparado ao exibicionismo de outros atletas,  tinha razão: não aprendemos a  votar.

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