2
out 2020Aos trancos e barrancos
Quem nunca levou um tropeção ou caiu de quatro andando pelas calçadas de São Paulo que seja o primeiro a arrumar a frente de sua própria casa.
Levantamento da Prefeitura atesta que 41% das calçadas da cidade não tem a largura mínima de 1m20 prevista na legislação.
Se fosse só esse o problema, menos mal. O levantamento da Prefeitura não leva em conta buracos, degraus acentuados, árvores pelo caminho e mesas de bares barrando a passagem dos pedestres.
Idosos, cadeirantes e deficientes visuais são os mais prejudicados e correm riscos diários de acidentes – que deveriam se chamar descaso do poder público.
Há um decreto de 24 de janeiro do ano passado (número 58.611), que consolida a padronização das calçadas, mas é para inglês ver. Ele determina, entre outras, que a calçada tenha superfície regular, seja antiderrapante, observe inclinação acompanhando a topografia da rua e mantenha espaço mínimo de 1m20.
Ficam, portanto, convidados o futuro prefeito e os novos vereadores a dar caminhadas sem tropeços nas ladeiras da cidade, em bairros por exemplo como Paraíso, Vila Mariana e Ipiranga.