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8 dicas de redação do “aluno nota mil”

20

ago 2020

8 dicas de redação do “aluno nota mil”

Foi uma redação nota mil no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) que pavimentou o caminho de Lucas Felpi até a Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, onde hoje cursa ciência da computação. Com uma experiência tão bem-sucedida, o estudante agora compartilha conhecimento em seu canal no Youtube.

Em uma entrevista ao portal UOL, ele deu oito dicas para quem quer se dar bem nos estudos:

  1. Escrever com frequência

“Em 2017, eu fazia uma redação a cada 15 dias. Em 2018, mudei para uma redação por semana e esse foi um dos principais fatores para minha evolução. Eu reclamei bastante? Reclamei, fiquei cansado, mas com certeza isso ajudou. Escrevi sobre muitos temas, aumentando meu repertório e desenvolvendo o meu estilo de escrita”, lembra.

  1. Ler e estudar redações nota mil

“Eu peguei o material do Inep, que reúne redações exemplares, e fiz uma leitura ativa, observado a estrutura, o estilo. Lembro da sensação de pensar que é eu estava muito longe daquele nível. Por isso, eu e outros 30 alunos nota mil de 2018 reunimos nossas redações na cartilha “Redação a mil”. É gratuita, vale muito a pena ler.”

  1. Pensar com um corretor

“Você precisa saber qual é a estrutura de um texto dissertativo-argumentativo, entender o que é bem-visto pelos corretores e conhecer bem a estrutura do texto”, explica.

  1. Ter um repertório

“Na minha primeira prova, usei muito o senso comum e o raciocínio lógico. Não tinha uma tese, nem referências. Por exemplo: usei frases, como a do Einstein: ‘É mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito’. Não é uma frase ruim, mas é batida, o avaliador não sente impacto. Uma coisa que me ajudou foi anotar todos os repertórios que usei ao longo do ano num caderno. E depois reler tudo.”

  1. Desenvolver autenticidade

“Não basta ter repertório, você tem que mostrar que entende do que está falando. Então, se for citar algo, cite algo que você gosta, que domina, o avaliador vai perceber. Eu, por exemplo, citei Black Mirror, George Orwell, Zygmunt Bauman, a Escola de Frankfurt. São referências que gosto muito realmente.”

  1. Profundidade argumentativa

“Evite teses que dizem o problema existe, é importante e só isso. Fiz em 2017, escrevi: ‘Há muitos problemas na educação dos surdos’. É uma tese superficial. Quais são as causas? As consequências?”

  1. Planeje seu texto

“Meu amigo e professor Eduardo Valadares, do Descomplica, diz: ‘Não comece uma redação sem saber onde você quer chegar’. Fiz isso em 2017, e foi muito frustrante. Montem um esqueleto da redação, saibam o que vão dizer em cada parágrafo.”

  1. Encontre a sua fórmula de escrita

“O tempo é sim muito curto, não deixe para descobrir na hora como irá escrever. Descubra antes a sua fórmula mágica, aquela que dá certo para você. A minha é começar com uma citação, ter dois núcleos de desenvolvimento e a conclusão, na qual faço menção a algo já dito.”

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